Quando
Jean-Jacques Rousseu, escritor e compositor francês do século
XVIII, escreveu um de seus principais clássicos “Back to Nature”,
o qual procurava corrigir a alienação urbana da sociedade com a
natureza, através de ensinamentos que incentivavam a redescoberta de
cenários incultos e selvagens, jamais imaginaríamos que o conceito
social de Turismo junto a Natureza alcançaria os patamares
universais vivenciados no mundo moderno.
No
ano de 1991, preocupados com esse crescente fenomeno da industria de
viagens a natureza, que vinha exercendo uma pressão desordenada
dentro de algumas áreas naturais dos EUA e comprometendo a estrutura
social de algumas comunidades tradicionais no África, que
vivenciavam o surgimento precipitado de resorts de massa nos safaris
de caça, uma dúzia de cientistas, conservacionistas e operadores
turísticos de todo o mundo se reuniram em uma fazenda nos arredores
de Washington, DC, para o encontro inaugural da Sociedade
Internacional de Ecoturismo (IES - The International Ecotourism
Society), com a tarefa de definir o que, exatamente, este novo modelo
de recreação em áreas naturais viria a ser.
Como
uma indústria florescente poderia comprometer o equilíbrio de áreas
protegidas e deixar comunidades locais marginalizadas?
Naquela
ocasião, mesmo sem saber qual modelo real a ser seguido, aquelas
pessoas definiram esse novo modelo como sendo: "viagem
responsável para áreas naturais que conserva o meio ambiente e
melhora bem-estar das as pessoas e das comunidades locais
envolvidas." Este conceito vem sendo replicado e reeditado
sistematicamente com o objetivo de disciplinar a atividade como
geradora de reais benefícios para a sociedade, o meio ambiente e
sobretudo para as comunidades residentes.
Desde
então, o ecoturismo é a tendência dominante com apontamentos para
uma prosperidade a curto prazo. Viajantes responsáveis e práticas
inovadoras de desenvolvimento sustentável estão transformando o
cenário mundial do setor, apresentando nos uma grande oportunidade
para capacitar as pessoas e proteger o planeta.
E,
segundo previsões de recentes de estudos da IES, a indústria do
ecoturismo pode vir a representar 25% do mercado global de viagens
até 2016. Isso por que as pessoas vem cada vez mais procurando
desfrutar da tranquilidade, da paz e da quietude oferecida junto a
natureza. Elas tem diferentes interesses específicos, tais como:
estudos, cultura local, aventura, observação de vida selvagem,
entre outros.
Seja
como for a atenção dirigida, hoje quase todos os pais do globo
apresentam algum destino outdoor - consolidado ou não, organizado ou
não - que motiva pessoas com diferentes objetivos intrínsecos a
embarcarem em roteiros ao ar livre.
No
entanto, os que procuram desfrutar seu tempo livre junto a natureza,
e que possivelmente vão somar as expectativas apresentadas dentro
dos estudos do fomento previsto para o setor, talvez recorram a
destinos organizados, consistentes e já solidificados, que ofereçam
não só paisagens bucólicas, de natureza preservada e entrelaçadas
com cultura e hábitos singulares, mas também destinos que dispõem
de serviços e equipamentos ordenados e estrutura de apoio adequada.
Isso
compreende os meio de hospedagem, alimentação, agenciamento,
facilidades de comunicação, deslocamento, higiene e segurança,
alem de interpretação ambiental apropriada que estimula o
entendimento e a interacao com o entorno ecológico e atributos
histórico-culturais do atrativo visitado. Concomitante com o que se
espera das atividades ecoturisticas: a mudança de comportamento das
pessoas.