Experimentar a natureza através de viagens direcionadas não e um novo fenomeno mundial. Ao longo de décadas, muitas pessoas vem buscando nas atividades outdoor o desfrute da paz e da quietude perdida com a evolução contemporânea da sociedade moderna.

Quando Jean-Jacques Rousseu, escritor e compositor francês do século XVIII, escreveu um de seus principais clássicos “Back to Nature”, o qual procurava corrigir a alienação urbana da sociedade com a natureza, através de ensinamentos que incentivavam a redescoberta de cenários incultos e selvagens, jamais imaginaríamos que o conceito social de Turismo junto a Natureza alcançaria os patamares universais vivenciados no mundo moderno.



As viagens a natureza tiveram seu o crescimento acentuado no final dos anos 80, quando ocorreu uma modificação expressiva do turismo, com o exaltação da impassibilidade, das atividades de aventura e o desejo por experienciar de maneira mais minuciosa as regiões visitadas.

No ano de 1991, preocupados com esse crescente fenomeno da industria de viagens a natureza, que vinha exercendo uma pressão desordenada dentro de algumas áreas naturais dos EUA e comprometendo a estrutura social de algumas comunidades tradicionais no África, que vivenciavam o surgimento precipitado de resorts de massa nos safaris de caça, uma dúzia de cientistas, conservacionistas e operadores turísticos de todo o mundo se reuniram em uma fazenda nos arredores de Washington, DC, para o encontro inaugural da Sociedade Internacional de Ecoturismo (IES - The International Ecotourism Society), com a tarefa de definir o que, exatamente, este novo modelo de recreação em áreas naturais viria a ser.

Como uma indústria florescente poderia comprometer o equilíbrio de áreas protegidas e deixar comunidades locais marginalizadas?

Naquela ocasião, mesmo sem saber qual modelo real a ser seguido, aquelas pessoas definiram esse novo modelo como sendo: "viagem responsável para áreas naturais que conserva o meio ambiente e melhora bem-estar das as pessoas e das comunidades locais envolvidas." Este conceito vem sendo replicado e reeditado sistematicamente com o objetivo de disciplinar a atividade como geradora de reais benefícios para a sociedade, o meio ambiente e sobretudo para as comunidades residentes.

Desde então, o ecoturismo é a tendência dominante com apontamentos para uma prosperidade a curto prazo. Viajantes responsáveis e práticas inovadoras de desenvolvimento sustentável estão transformando o cenário mundial do setor, apresentando nos uma grande oportunidade para capacitar as pessoas e proteger o planeta.

E, segundo previsões de recentes de estudos da IES, a indústria do ecoturismo pode vir a representar 25% do mercado global de viagens até 2016. Isso por que as pessoas vem cada vez mais procurando desfrutar da tranquilidade, da paz e da quietude oferecida junto a natureza. Elas tem diferentes interesses específicos, tais como: estudos, cultura local, aventura, observação de vida selvagem, entre outros.

Seja como for a atenção dirigida, hoje quase todos os pais do globo apresentam algum destino outdoor - consolidado ou não, organizado ou não - que motiva pessoas com diferentes objetivos intrínsecos a embarcarem em roteiros ao ar livre.

No entanto, os que procuram desfrutar seu tempo livre junto a natureza, e que possivelmente vão somar as expectativas apresentadas dentro dos estudos do fomento previsto para o setor, talvez recorram a destinos organizados, consistentes e já solidificados, que ofereçam não só paisagens bucólicas, de natureza preservada e entrelaçadas com cultura e hábitos singulares, mas também destinos que dispõem de serviços e equipamentos ordenados e estrutura de apoio adequada.

Isso compreende os meio de hospedagem, alimentação, agenciamento, facilidades de comunicação, deslocamento, higiene e segurança, alem de interpretação ambiental apropriada que estimula o entendimento e a interacao com o entorno ecológico e atributos histórico-culturais do atrativo visitado. Concomitante com o que se espera das atividades ecoturisticas: a mudança de comportamento das pessoas.